Walmart é acusado de discriminação contra funcionárias gestantes

Processo foi aberto por duas ex-funcionárias da rede varejista


 Empresa não aceitava que elas evitassem carregar peso ou subir escadas (Foto: Pexels)

Duas ex-funcionárias do Walmart entraram com um processo acusando a rede varejista de tratar milhares de empregadas grávidas como “cidadãs se segunda classe”.

De acordo com a ação, a empresa não aceitava que elas carregassem menos peso, evitassem subir escadas e as obrigava a executar tarefas potencialmente perigosas para gestantes.

A ação foi recebida pela corte federal do estado de Illinois, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (12/5). Talisa Borders e Otisha Woolbright dizem que, até 2014, a empresa proibia que mulheres grávidas recebessem o mesmo tratamento de trabalhadores com outras limitações.

Segundo o processo, a ação poderia incluir pelo menos outras 20 mil mulheres que trabalharam no Walmart enquanto estavam grávidas, antes de a política da empresa muda – o que só ocorreu há três anos.

Segundo as ex-funcionárias, as regras anteriores da rede varejista iam contra a lei federal que determina que gestantes sejam tratadas como portadoras de deficiência temporária.

Otisha afirma que o seu antigo gerente de uma loja do Walmart no estado americano da Flórida declarou que a gravidez não era uma desculpa para deixar de carregar pesos. Ela foi demitida de seu trabalho depois de se machucar durante o trabalho e ter questionado a empresa sobre as políticas para funcionárias gestantes.

Já Talisa conta que foi reprimida por pedir ajuda aos colegas em tarefas que requeriam subir escadas ou carregar caixas pesadas. Ela também alega não ter recebido licença maternidade.

Segundo o jornal NYPost, a companhia negou as acusações, afirmando que “sempre foi de encontro ou excedeu as regras determinadas pela lei federal” em relação ao tratamento de gestantes. “Walmart é um ótimo lugar para mulheres trabalharem”, afirmou a rede varejista.

A Lei dos Estados Unidos determina que a gravidez seja encarada por empregadores como uma limitação temporária e que funcionárias devem receber a acomodação necessária para garantirem a saúde de si mesmas e dos bebês.

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