Empresa é acusada de assédio moral contra funcionárias grávidas

Uma empresa de call center em Campinas, a 94 km de São Paulo, é acusada de assédio moral contra 4 funcionárias grávidas. A denúncia, feita em 2008 pelo pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), foi aceita nesta quinta-feira pelo juiz da décima vara do trabalho de Campinas, Josué Cecato. A empresa tem até o dia 24 para recorrer da decisão.

O MPT entrou com uma ação contra a empresa no dia 20 de julho do ano passado, após fiscais flagrarem quatro funcionárias, todas grávidas, afastadas de suas funções e sentadas em um canto da empresa, sem poder trabalhar.

Segundo a empresa de call center, todas são registradas como teleoperadoras, mas foram afastadas das funções por reclamações de clientes.

Uma das funcionárias diz que ela e as amigas sofreram ameaças no local de trabalho.

- Eles ameaçam, dizem que é para a gente não levantar, ficar aqui sentada. Além disso, também atrasaram nosso pagamento - conta a funcionária.

Na ação, o Ministério Público do Trabalho pediu a retirada imediata das grávidas do local de trabalho e que a empresa que contratou os funcionários e as empresas para quem ela presta serviço paguem juntas uma indenização de R$600 mil por danos morais. O dinheiro deve ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador.

No dia 28 de julho de 2009, o Ministério Público do Trabalho conseguiu uma liminar na Justiça do Trabalho contra a empresa. A Justiça determinou nessa liminar que a empresa deixasse de discriminar as funcionárias e proibiu que elas ficassem sem atividades durante a jornada de trabalho. Caso não fosse cumprida essa decisão, a empresa teria que pagar uma multa de R$50 por dia.

Em abril de 2008, fiscais do Ministério Público do Trabalho conseguiram flagrar um ferramenteiro, José Nascimento Sousa, sentado em uma lata de lixo e sem nenhuma ferramenta de trabalho. O caso aconteceu em uma empresa de materiais elétricos, em Vinhedo, na região de Campinas. Sousa, na ocasião, contou à procuradora que perdeu outros benefícios, como café da manhã e cesta básica e que estaria sendo pressionado à pedir demissão. A situação refletiu no estado de saúde do trabalhador.

Fonte: EPTV Campinas

Comentários

Postagens mais visitadas