Assédio Moral é uma prática que cresce na UFPR
Por Pedro Carrano
No contexto da Semana do Servidor na Universidade, o Sinditest organiza o debate “Desobedeça”, às 14h, no ANFI-100. O objetivo é analisar um tema que é silenciado no ambiente universitário: o assédio moral.
A psicóloga Selma Maria Lanas, da direção do sindicato, integra o Grupo de Trabalho sobre Saúde do Trabalhador do sindicato. É uma das pessoas que integra a mesa sobre o tema.
Ela conta que percebeu que apenas o atendimento individual para as denúncias de assédio moral era insuficiente. O problema, de acordo com ela, é estrutural, ligada ao funcionamento da Universidade.
- “Trabalhamos numa instituição doente. Com toda a experiência que tenho no serviço público, a UFPR é a instituição mais doente onde eu trabalhei. O nome específico é assédio moral, mas eu trabalho como violência nas relações interpessoais”, caracteriza.
Ela observa que, hoje, a denúncia de casos de assédio moral é grande, extrapola o quadro da enfermagem, em que os casos eram mais comuns, e atinge os diferentes setores dentro da Universidade: médicos, professores, técnico-administrativos, entre outros. A comunidade acadêmica como um todo é afetada por um problema que cresce a cada dia.
Informações apontam que há casos de ideação e tentativas de suicídio.
- “Cerca de 90% dos trabalhadores que me procuram são casos de assédio moral”, comenta Selma.
O assédio moral não acontece apenas entre a hierarquia dos postos de trabalho e das chefias na universidade. Esta é uma das situações existentes. Soma-se a isso o fato de que a Universidade adere a um modelo produtivista, que estimula a competição e afeta a relação entre os próprios trabalhadores.
-“Eles têm a sua identidade destruída”, afirma.
O tema não é reconhecido pela Universidade, de acordo com a pesquisadora, para quem a reitoria deve abrir um diálogo de fato sobre o assunto.
A pesquisadora não acredita que tenha que ser resolvido somente na esfera do Judiciário, mas a partir da ação nos locais de trabalho. No plano institucional, não há leis que regulamentem o assédio moral.
“O assédio moral pode ser até pior no serviço público, uma vez que o vínculo do trabalhador é mais forte do que na empresa privada e ele não quer deixar o trabalho”, diz.
Com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná
No contexto da Semana do Servidor na Universidade, o Sinditest organiza o debate “Desobedeça”, às 14h, no ANFI-100. O objetivo é analisar um tema que é silenciado no ambiente universitário: o assédio moral.
A psicóloga Selma Maria Lanas, da direção do sindicato, integra o Grupo de Trabalho sobre Saúde do Trabalhador do sindicato. É uma das pessoas que integra a mesa sobre o tema.
Ela conta que percebeu que apenas o atendimento individual para as denúncias de assédio moral era insuficiente. O problema, de acordo com ela, é estrutural, ligada ao funcionamento da Universidade.
- “Trabalhamos numa instituição doente. Com toda a experiência que tenho no serviço público, a UFPR é a instituição mais doente onde eu trabalhei. O nome específico é assédio moral, mas eu trabalho como violência nas relações interpessoais”, caracteriza.
Ela observa que, hoje, a denúncia de casos de assédio moral é grande, extrapola o quadro da enfermagem, em que os casos eram mais comuns, e atinge os diferentes setores dentro da Universidade: médicos, professores, técnico-administrativos, entre outros. A comunidade acadêmica como um todo é afetada por um problema que cresce a cada dia.
Informações apontam que há casos de ideação e tentativas de suicídio.
- “Cerca de 90% dos trabalhadores que me procuram são casos de assédio moral”, comenta Selma.
O assédio moral não acontece apenas entre a hierarquia dos postos de trabalho e das chefias na universidade. Esta é uma das situações existentes. Soma-se a isso o fato de que a Universidade adere a um modelo produtivista, que estimula a competição e afeta a relação entre os próprios trabalhadores.
-“Eles têm a sua identidade destruída”, afirma.
O tema não é reconhecido pela Universidade, de acordo com a pesquisadora, para quem a reitoria deve abrir um diálogo de fato sobre o assunto.
A pesquisadora não acredita que tenha que ser resolvido somente na esfera do Judiciário, mas a partir da ação nos locais de trabalho. No plano institucional, não há leis que regulamentem o assédio moral.
“O assédio moral pode ser até pior no serviço público, uma vez que o vínculo do trabalhador é mais forte do que na empresa privada e ele não quer deixar o trabalho”, diz.
Com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná
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