Assédio Moral
Esse artigo faz um breve comentário sobre um tema que vem ganhando expressão com as crescentes reclamações trabalhistas,. O problema, que antes era colocado sob os tapetes das organizações, agora precisa ser encarado com seriedade e competência pelos gestores, evitando conflitos.
Por Renato Ladeia
O Assédio Moral sempre existiu nas organizações desde os seus primórdios, mas atualmente o tema tem sido bastante discutido, tanto na academia como na justiça do trabalho. Quais seriam as causas desse tema emergir com tanta intensidade? Com certeza está relacionado a duas questões fundamentais. A primeira está vinculada à mudança de postura das organizações com relação aos seus empregados, através da adoção de gestões mais participativas e o abandono dos métodos autoritários de gerenciamento. Esses métodos mais participativos, que envolvem o empowerment ou maior poder de decisão para os funcionários, significa um processo mais democrático em que as pessoas são ouvidas no âmbito das empresas, retirando o poder autoritário e discricionário dos supervisores, chefes, gerentes e diretores. A outra questão pode ser atribuída à adoção de programas de Responsabilidade Social por muitas empresas em que essas assumem compromissos com o respeito à diversidade humana, repelindo atitudes de discriminação e intolerância com relação às diferenças culturais, ideológicas, raciais, religiosas, demográficas etc.
O Assédio Moral pode ser definido como qualquer forma de ação que envolva humilhação, discriminação, atentado ao pudor que impliquem em danos morais, emocionais ou econômicos às pessoas. Entretanto, o Assédio Moral não se restringe às ações por parte de superiores hierárquicos, mas também podem ocorrer, mesmo que de forma bem menos freqüente, do subordinado para com o superior como também entre pessoas do mesmo nível funcional ou colegas de trabalho. É muito comum funcionários mais antigos ou mais especializados, disporem de poder, mesmo informal, em relação aos colegas mais novos ou estagiários e trainees.
O Assédio Moral, que inclui o Assédio Sexual, não utilizado nas pesquisas por ter uma conotação muito agressiva e gera a omissão por parte das pessoas atingidas, ocorre na maioria das empresas por falta de políticas que coíbam tais práticas. Nessas empresas as pessoas não denunciam seus algozes por medo de represálias. Como os chefes tem delegação de poder e autoridade dentro das organizações, uma reclamação pode significar a perda do emprego ou ser colocado na "geladeira" (que também é um tipo de assédio).
Para resolver esse tipo de problema, as empresas mais comprometidas com políticas de Responsabilidade Social instituem um órgão independente, responsável pelo recebimento de reclamações por parte dos funcionários, que reduz a inibição de denunciar os casos de assédio. Nessas empresas os denunciados, após um processo de investigação, são advertidos e a reincidência é punida com a demissão ou transferência de setor ou atividade.
Como o Assédio Moral envolve na maioria dos casos atitudes em decorrência do poder que uma pessoa tem em relação a um grupo, pode ocorrer também em instituições de ensino. As atitudes de professores que agem de forma autoritária ou discriminatória em relação aos seus alunos pode se caracterizar como Assédio Moral. Um caso recente numa universidade paulista foi assim caracterizado pelo fato de um professor ter feito um comentário em classe sobre o tipo físico de uma aluna. No âmbito da Educação, esse assédio tem sido denominado como bullying, um termo inglês que tem significado semelhante. Nas salas de aula esse problema ocorre com bastante freqüência, principalmente entre os alunos, através de manifestações de racismo, intolerância religiosa, cultural, de origem etc. Os professores, quando não inibem ou mesmo incentivam tais comportamentos são também responsáveis, juntamente com a instituição de ensino.
Enfim, o problema como foi dito não é novo, mas a existência de mecanismos de punição econômica ou mesmo judicial, é um alerta para que as organizações de todo tipo criem mecanismos para inibir tais procedimentos que comprometem a imagem de organizações que são indiferentes a esse tipo de problema.
Fonte: Administradores.com.br
Por Renato Ladeia
O Assédio Moral sempre existiu nas organizações desde os seus primórdios, mas atualmente o tema tem sido bastante discutido, tanto na academia como na justiça do trabalho. Quais seriam as causas desse tema emergir com tanta intensidade? Com certeza está relacionado a duas questões fundamentais. A primeira está vinculada à mudança de postura das organizações com relação aos seus empregados, através da adoção de gestões mais participativas e o abandono dos métodos autoritários de gerenciamento. Esses métodos mais participativos, que envolvem o empowerment ou maior poder de decisão para os funcionários, significa um processo mais democrático em que as pessoas são ouvidas no âmbito das empresas, retirando o poder autoritário e discricionário dos supervisores, chefes, gerentes e diretores. A outra questão pode ser atribuída à adoção de programas de Responsabilidade Social por muitas empresas em que essas assumem compromissos com o respeito à diversidade humana, repelindo atitudes de discriminação e intolerância com relação às diferenças culturais, ideológicas, raciais, religiosas, demográficas etc.
O Assédio Moral pode ser definido como qualquer forma de ação que envolva humilhação, discriminação, atentado ao pudor que impliquem em danos morais, emocionais ou econômicos às pessoas. Entretanto, o Assédio Moral não se restringe às ações por parte de superiores hierárquicos, mas também podem ocorrer, mesmo que de forma bem menos freqüente, do subordinado para com o superior como também entre pessoas do mesmo nível funcional ou colegas de trabalho. É muito comum funcionários mais antigos ou mais especializados, disporem de poder, mesmo informal, em relação aos colegas mais novos ou estagiários e trainees.
O Assédio Moral, que inclui o Assédio Sexual, não utilizado nas pesquisas por ter uma conotação muito agressiva e gera a omissão por parte das pessoas atingidas, ocorre na maioria das empresas por falta de políticas que coíbam tais práticas. Nessas empresas as pessoas não denunciam seus algozes por medo de represálias. Como os chefes tem delegação de poder e autoridade dentro das organizações, uma reclamação pode significar a perda do emprego ou ser colocado na "geladeira" (que também é um tipo de assédio).
Para resolver esse tipo de problema, as empresas mais comprometidas com políticas de Responsabilidade Social instituem um órgão independente, responsável pelo recebimento de reclamações por parte dos funcionários, que reduz a inibição de denunciar os casos de assédio. Nessas empresas os denunciados, após um processo de investigação, são advertidos e a reincidência é punida com a demissão ou transferência de setor ou atividade.
Como o Assédio Moral envolve na maioria dos casos atitudes em decorrência do poder que uma pessoa tem em relação a um grupo, pode ocorrer também em instituições de ensino. As atitudes de professores que agem de forma autoritária ou discriminatória em relação aos seus alunos pode se caracterizar como Assédio Moral. Um caso recente numa universidade paulista foi assim caracterizado pelo fato de um professor ter feito um comentário em classe sobre o tipo físico de uma aluna. No âmbito da Educação, esse assédio tem sido denominado como bullying, um termo inglês que tem significado semelhante. Nas salas de aula esse problema ocorre com bastante freqüência, principalmente entre os alunos, através de manifestações de racismo, intolerância religiosa, cultural, de origem etc. Os professores, quando não inibem ou mesmo incentivam tais comportamentos são também responsáveis, juntamente com a instituição de ensino.
Enfim, o problema como foi dito não é novo, mas a existência de mecanismos de punição econômica ou mesmo judicial, é um alerta para que as organizações de todo tipo criem mecanismos para inibir tais procedimentos que comprometem a imagem de organizações que são indiferentes a esse tipo de problema.
Fonte: Administradores.com.br
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